segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Participação especial: Corpo sem Alma - Como será o "novo" Dream Theater???







Corpo sem Alma – Como será o “novo” Dream Theater???!!

Amigos, desde já lhes digo algo que até agora não assimilei!!! Como será  possível um corpo sem alma???


Vamos aos fatos. No começo deste corrente mês de setembro de 2010, uma notícia me deixou muito triste: a saída do grande Mike Portnoy do Dream Theater... e o que mais me impressionou é que a banda irá continuar!!! Será possível!!!???


Antes de mais nada, precisa ser dito que a banda existe desde a década de 80 e vem crescendo a cada álbum lançado, mas alguns pontos precisam ser ressaltados. O primeiro registro dessa grande banda americana foi When Dream and Day Unite, mas somente no segundo álbum, Images and Words, eles se consolidaram no prog-metal e, nessa época, foi integrado ao grupo o vocalista James LaBrie, ocupando a vaga de Charles Dominici.


Desde seu início, a banda lança ótimos discos, sempre em um intervalo de dois anos. Carece ser dito que eles foram (e são) influenciados por vários estilos musicais, mas principalmente pelo Heavy Metal, por bandas como o Iron Maiden e Metallica, e bandas de rock progressivo, tais qual Rush, Pink Floyd, e ainda Queen, Frank Zappa, etc...


Outro momento marcante do Dream Theater foi com o álbum Metropolis part 2 – Scenes from a Memory. Com esse disco a formação da banda havia se consolidado até os dias de hoje e atingindo totalmente sua maturidade musical, que a mantém até então. Porém, apesar de todos os registros desta banda serem diferentes entre si, ela possui uma identidade muito forte,  técnica musical inspiradíssima de cada um de seus membros, além de fãs muito fiéis.


Seria chover no molhado dizer que o Dream Theater é a banda de Heavy Metal ( prog-metal) mais técnica e com os melhores instrumentistas do mundo, o que dizer de Mike Portnoy, John Petrucci, John Myung, James LaBrie e Jordan Rudess tecnicamente?? Eles são músicos perfeitos e sabem tudo sobre seus instrumentos.


O que acontece é o seguinte: imaginem os monstros sagrados do Heavy Metal, Iron Maiden e Metallica, sem Steve Harris, James Hetfield e Lars Ulrich, respectivamente. Aqui o caso é o mesmo, pois, além de Mike Portnoy ser o melhor baterista da atualidade, ele é a alma, o coração e o cérebro do Dream Theater pois, além de tocar, ele cuida de TODOS os aspectos da banda, quais sejam: composições, arranjos, letras, produção, masterização, e, ainda, montagem do palco, luzes e pirotecnia, sem mencionar que o Portnoy era responsável pelos setlists dos shows da banda.


Como fã, espero que eles se acertem e tenham o  bom senso de reintegrar Mike Portnoy ao conjunto; é sabido que existem centenas de ótimos bateristas tecnicamente que podem substituí-lo, porém, como falei no parágrafo acima, acho impossível alguém que possa fazer tudo que Portnoy sempre fez à banda.


É isso pessoal,

Abraços,

Júlio Reuter.

Para maiores informações sobre a banda vejam o site oficial clicando aqui.

Participação Especial

Quando planejei criar esse blog pensei em torná-lo eclético, para abordar temas variados como colecionáveis, filmes, games, quadrinhos, música e livros. A intenção era falar sobre temas variados de interesse nerd, mas confesso que estava (e estou) bastante defasado em relação a filmes e música.

Por isso fiquei muito feliz quando meu amigo Júlio se ofereceu para postar artigos sobre esses dois assuntos específicos. Como músico, ele pode analisar com muita propriedade as novidades da cena rock mundial. Além disso o Júlio é detentor de um conhecimento incrível sobre filmes "B" e sabe como ninguém indicar o que há de melhor (e de pior) nesse gênero tão ... peculiar. 

A coluna "Participação Especial", como o próprio nome diz, é um espaço para colaboradores publicarem seus artigos e trabalhos, de acordo com a proposta do blog. Até que todos sejam um!!      

domingo, 19 de setembro de 2010

Crossfire X -Fire 02A / 02B (Bruticus) by Fansproject


Toda criança gostaria de alterar algo em seus brinquedos, assim como todo colecionador gostaria de alterar um ou outro detalhe de seus itens. No caso dos Transformers, isso é mais comum. Por ser uma marca voltada para venda em grande escala, o cuidado com os detalhes fica em segundo plano. Salvo raras exceções, como as linhas Masterpiece, Alternators/Binaltech e a nova Alternity, voltadas para colecionadores, todos os demais produtos dos "robôs disfarçados" são lançados em larga escala, para crianças a partir de cinco anos.

Portanto, o colecionador de Transformers conhece bem o conceito de frustração. Muitos fãs, como eu, estão na faixa dos trinta anos e ainda aguardam, com certa esperança, o lançamento de alguma versão decente de certos personagens favoritos da G1 (Jazz, Whelljack, Devastator, etc). O problema é que a Takara e a Hasbro costumam presentear seus fãs com versões mal-acabadas de action-figures que, em alguns casos, costumam provocar revolta (vide a linha Power Core Combiners, por exemplo).

Mas e se um grupo de fãs insatisfeitos com a baixa qualidade de seus itens tivesse a ideia de melhorá-los e, mais importante do que isso, tivesse também os meios para tanto? Com essa premissa, o pessoal do Fansproject vem fazendo muito sucesso e surpreendendo os fãs com a qualidade de seus produtos. O primeiro kit dos caras (HKTFP-001) foi feito há alguns anos e apresentava acessórios, além de uma nova cabeça para "turbinar" o Cliffjumper classics. Para ser honesto esse primeiro kit não é lá grande coisa mas, por se tratar de um trabalho de estréia, isso pode ser relevado e, considerando os trabalhos seguintes, esse kit ganhou certo valor histórico e hoje é vendido por aí por mais de trezentos dólares.

Como os produtos do Fansproject (FP) não são oficiais, ou seja, não são lançados pelas empresas detentoras dos direitos da marca Transformers (no caso Takara Tommy e Hasbro), os fãs costumam chamá-los de "produtos de garagem". Existem outras empresas que já vinham lançando acessórios para Transformers há mais tempo; porém nenhuma delas conseguiu tanto sucesso e fama entre os colecionadores, em tão pouco tempo. E não é para menos. O salto de qualidade entre o primeiro kit e o City Commander é gigantesco. Os kits que se seguiram serviram para estabelecer um padrão de qualidade e engenharia que dificilmente será superado... pelo menos por enquanto.  

O que chama a atenção no caso da maioria dos kits feitos pelo FP é que, assim como os Transformers, as peças também podem ser transformadas em objetos distintos. Quando começaram os primeiros rumores sobre uma armadura que também serviria como trailler para o Ultra Magnus classics , confesso que não fiquei muito entusiasmado, até porque achava que um robô usar armadura era algo meio idiota. Mas depois que vi o resultado final do City Commander, tive de reconhecer que aquele kit é um tremendo trabalho de engenharia e sem dúvida é a versão definitiva do Ultra Magnus da linha classics

O mérito do FP está no fato dos caras conseguirem criar peças que não só corrigem certos defeitos, mas que também se assemelham mais fielmente às personagens ... e isso em toys que, originalmente, não foram projetados para receberem acessórios e complementos.

No futuro pretendo falar mais sobre os itens do FP, mas, por hoje, basta essa (longa) introdução. O assunto do dia é o novo kit lançado como upgrade do Bruticus Maximus, relançado recentemente pela linha universe. Para quem não conhece (e o que você faz aqui, lendo esse artigo??), Bruticus é um combiner, também chamado de gestalt, ou seja, é um robô formado pela junção de outros cinco robôs. Na G1 haviam muitos gestalts, como o Devastator (o mais famoso, sem dúvida), Superion, Defensor, Predaking, entre outros.

Os robôs que compõem Bruticus são Onslaught, Blast-Off, Swindle, Vortex e Brawl. Os cinco formam um sub-grupo de Decepticons denominado Combaticons. O toy lançado originalmente pertence à linha Energon e, como todos os demais combiners "oficiais", apresenta diversos problemas, como pouca mobilidade/poseabilidade e grandes diferenças com a personagem que o inspirou, sem mencionar que ele é feio, muito feio.



Então, o pessoal do FP tinha um grande desafio pela frente. Mas eles conseguiram se sair muito bem. Para "consertar" os problemas do toy original, foram feitos dois novos robôs (Explorer e Munitioner) para substituir aqueles que não apresentam nenhuma semelhança com as personagens Blast-Off e Swindle. Os robôs são vendidos separadamente, sendo que cada um acompanha um conjunto de peças que servirão para montar o Bruticus completo.


 Como nos demais produtos do FP, há um encarte que, infelizmente, não reproduz uma história em quadrinhos, mas apresenta um texto explicativo. Para evitar problemas legais, existe todo um cuidado para não utilizar imagens e nomes protegidos por marcas registradas. Assim, o FP criou um universo paralelo, chamado Parallax, pelo qual os robôs são batizados de acordo com suas funções ou características. No caso do Bruticus, seu nome foi convertido para Colossus, ou simplesmente C3. No texto, é explicado o motivo da substituição dos robôs que originalmente formam o gestalt: a primeira tentativa de construir um combiner foi mal-sucedida, provocou grande destruição e dois robôs da unidade acabaram mortos. Por se tratar de um grupo de fãs insatisfeitos, é provável que esse texto também sirva para alfinetar a Takara e a Hasbro, já que a versão original do Bruticus foi considerada "mal-sucedida". E o que acho mais legal é que a crítica fica subentendida em um duplo sentido do texto, o que permite que o FP a negue, caso seja necessário. Também é possível que o FP tenha criado o texto com o único propósito de enriquecer seu universo Parallax, mas eu ainda prefiro pensar que eles realmente quiseram fazer uma provocação.  =P  

Sem mais delongas, vamos às fotos:






No encarte, o FP ainda faz uma revelação importante: está sendo planejado um terceiro combiner (Crossfire 03) e isso deixa os fãs curiosos para saber qual será o próximo gestalt a receber seu kit de upgrade. Particularmente, eu gostaria que os caras fizessem o próprio combiner e não peças e acessórios para remendar os produtos oficiais. O FP já provou que tem capacidade para isso. Agora resta esperar.



domingo, 5 de setembro de 2010

Batmóvel Super Powers Custom - Parte 1



Quando eu era garoto, sempre quis ter esse Batmóvel da coleção Super Powers. Mas nunca o tive. Sempre gostei muitíssimo do design dele e o considerava melhor do que qualquer outro modelo já criado até então.  

A imagem acima corresponde à caixa do brinquedo e o maior destaque nela é o fato de que Batman e Robin estão literalmente atropelando o Coringa. E isso, sem dúvida, não é um bom exemplo para as crianças.  

Ah, os anos 80.... tão politicamente incorretos!

Enfim, voltando ao item em questão, tenho que reconhecer que sua qualidade é impressionante, até mesmo para os padrões de hoje. Aliás, tenho saudade da época em que os brinquedos vinham com a marca da "Indústria Brasileira". O material plástico do veículo é muito bom. O batmóvel tem alguns recursos interessantes, como a frente do carro que se projeta como um aríete, ou os faróis que se levantam da mesma forma que em alguns automóveis reais e uma espécie de garra que se desprende da traseira para agarrar adversários.

Nada de Mattel ou Hasbro. Esse modelo, assim como todos os demais veículos e personagens da linha Super Powers foram lançados pela antiga empresa Kenner. Aparentemente, essa empresa faliu e isso impediu que mais brinquedos do universo da DC fossem feitos, o que é uma pena. No Brasil, como a importação desses itens era expressamente proibida, os brinquedos tinham de ser feitos pela indústria nacional (no caso, a Estrela S.A.), a partir dos moldes cedidos pela empresa americana. É possível ver todos os itens dessa coleção clicando aqui.

Pois bem, como eu disse antes, passei alguns anos da minha infância desejando ter esse Batmóvel mas isso não foi possível. Depois de um tempo cheguei a me conformar com a idéia de que nunca teria um.

Até alguns dias atrás.  

Na última vez que fui à casa da minha namorada ela me disse que havia se apossado de alguns brinquedos antigos do irmão dela. E eu fiquei realmente surpreso quando vi que, entre eles, havia um Batmóvel da Kenner. Ele estava todo empoeirado, sujo, riscado e desgastado, mas mesmo assim ainda funcionava perfeitamente e, de certa forma, ainda guardava seu antigo charme.

De imediato eu me ofereci para restaurá-lo, mas essa intenção durou pouco mais do que um segundo. Pensando bem, cheguei à conclusão de que seria fantástico não só restaurar aquele batmóvel, mas também customizá-lo para realçar todas as suas qualidades.

E após conseguir a permissão da minha namorada para limpá-lo e desmontá-lo, levei-o para casa, onde comecei a elaborar o plano para fazer um upgrade nesse modelo. Minha namorada havia pedido que eu fizesse a restauração de modo que ele ficasse o mais parecido possível como o original, mas consegui convencê-la de que ele ficaria mais legal com cores metalizadas. Assim, combinamos que o esquema de cores original (azul, preto, branco, amarelo, etc.) seria respeitado, mas com tintas automotivas metalizadas.

Como é possível ver nas fotos abaixo, o estado do toy não era dos melhores. Mas não reclamo disso, afinal, esse brinquedo serviu à sua finalidade: ele foi usado por uma criança e sem dúvida foi motivo de muita alegria na época.

A tarefa é um pouco mais complicada do que parece, porque todas as peças internas do Batmóvel estão encaixadas umas nas outras de alguma forma e, no momento em que retirei a parte superior dessas peças, todas saíram ao mesmo tempo, de modo que não pude visualizar a posição delas. Bem, isso é um problema que eu irei deixar para a fase de montagem. 

O segundo passo após a retirada das peças foi lavá-las com água e sabão. Para isso, eu utilizei uma escova de dentes com cerdas muito macias, a fim de não arranhar ainda mais os detalhes do carro e o plástico.

Alguns dias depois, quando todas as peças já estavam secas, comecei a lixá-las para disfarçar os arranhões na carroceria do Batmóvel.
























Posteriormente, eu apliquei máscaras na parte de baixo da carroceria para pintar os pneus (que estavam bem gastos, porque provavelmente foram colocados muitas vezes sobre um piso bastante áspero). Antes de tudo, pulverizei sobre as peças uma seladora para plásticos e, depois, usei um fundo branco para a carroceria e uma tinta preta para os pneus.

O fundo branco tem dois objetivos: ele permite visualizar melhor todas as imperfeições do objeto (que podem ser corrigidas com a lixa e uma camada de tinta) e, também, que a cor metalizada não tenha variação de tonalidade ou brilho. Algumas cores, como o azul, verde, amarelo ou vermelho não podem ser aplicadas diretamente sobre uma superfície ou objeto colorido, porque, nesse caso, ocorre uma alteração na tonalidade da tinta. Dessa forma, para que a cor da tinta fique da forma como ela foi vista no catálogo do vendedor, torna-se necessário aplicar antes um fundo com uma tinta mais clara, como cinza ou branco. 

Após pintar de branco, comecei a pintar a parte azul.


Mas o trabalho ainda não terminou. A seguir cenas do próximo capítulo....