domingo, 27 de fevereiro de 2011

Reviews: Batman # 97 e Batman # 98

Batman # 97






Estou bastante atrasado com os reviews, então, dessa vez, vou mandar dois pelo preço de um. E acredito que essa edição # 97 seja um tanto problemática. Na primeira história, escrita e rabiscada pelo Tony Daniel, o leitor "cai de pára-quedas" em circunstâncias que não haviam sequer sido comentadas nas edições anteriores. Para começar, o agora overpower chefão do crime Máscara Negra enfrenta a Guarda Nacional dos E.U.A. e foi encurralado em um perímetro de Gotham chamado de "Quadrado do Demônio" (?).

Ao ler essa história imaginei que ela seria um desdobramento de outros fatos mostrados possivelmente em outras revistas do Morcego (e não publicadas pela Panini). Mas também é possível que seja simplesmente (mais um) erro de roteiro do Tony Daniel. Tudo é possível. De qualquer modo, o bat-editor poderia situar o leitor desavisado por meio de uma simples nota de rodapé, ou mesmo inserir um texto explicativo... mas estamos falando da Panini, não é mesmo? 

O fato é que Batman encontra vários capangas do Máscara Negra mortos por aí e começa a se preocupar com um possível ataque da Guarda Nacional, pois o Máscara Negra mantém "milhares" de gothamitas (??) presos no
"Quadrado do Demônio". Além disso, parece que o vilão começa a recrutar pessoas sem ficha-criminal e que não possuem nenhum tipo de inclinação para o crime. Por isso não há explicação para o envolvimento dessas pessoas em atividades criminosas dentro da quadrilha do Máscara. Sério, essa história já te joga todas essas informações e a sensação é a mesma de andar vendado por um labirinto. 

Descobrimos que o Máscara Negra está trabalhando com Hugo Strange, Terror e o Dr. Morte (todos vilões e inimigos do Morcego, já conhecidos pelos leitores). Paralelamente, Batman tenta descobrir o local exato onde o Máscara Negra se esconde... com milhares de reféns (algo muito difícil para um detetive, não é?). E justamente seguindo uma pista Batman reencontra um ilustre membro de uma das famílias mafiosas mais poderosas da cidade: Mario Falcone. Ele está de volta a Gotham e, desta vez, parece ter seguido os passos de seu pai. Além disso, o Máscara Negra consegue descongelar e aparentemente reviver alguém com péssimas lembranças da Segunda Guerra Mundial. Não estou certo sobre a identidade dele, por isso pretendo confirmar isso nas próximas edições.


Na segunda história da revista, temos a continuação daquela chateação feita pelo Chris Yost e Dustin NGuyen. Para resumir, posso dizer que a Caçadora e o Morcego Humano recebem o apoio do Batman e os três descobrem que há um assassino contratado para matar uma lista de pessoas, a mando do Máscara Negra. Esse assassino utiliza um traje que lhe permite ficar invisível e, com isso, se tornar muito mais eficiente. O Morcego Humano é o único que consegue "vê-lo", porque sua visão funciona como um sonar. E no momento em que o padre parece prestes a matar os vigilantes, ele ataca e nocauteia o assassino oculto, dando a entender que apenas fingiu ter enlouquecido.... dãaaaaa.....


Sabe, essa história não acrescenta absolutamente nada. A Caçadora já foi uma personagem legal, mas infelizmente ela vive progredindo e regredindo conforme os roteiristas a utilizam ao longo dos anos. Para alguém que já foi membro da Liga da Justiça e que trabalha a tanto tempo com o Batman e seus aliados, já estava na hora dela superar esse lance de "descontrole" e "violência excessiva". Espero que algum escritor ainda aproveite o potencial dela, porque ela tem.


Na última história da edição, percebe-se um erro de continuidade logo no início (até tu, Morrison?). Na edição anterior (#96), a dupla dinâmica havia sido derrotada por Jason Todd e sua nova ajudante, Escarlate. Nesse momento, o Flamingo aparece e a história termina. Na edição seguinte (#97), Dick e Damian aparecem amarrados, enquanto Jason e Escarlate enfrentam o Flamingo. Logo... ou Jason "pediu licença" para prender Batman e Robin enquanto Escarlate servia café para o Flamingo, ou Morrison esqueceu o ponto de ligação entre as duas histórias (ou simplesmente ignorou a continuidade, por conveniência). Entendo que, do ponto de vista do roteiro, é muito mais legal deixar o vilão sinistro aparecer no final e criar um clima de suspense, mas, nesse caso, Morrison precisaria retomar a trama desse ponto e mostrar Dick e Damian caídos entre o Flamingo e Jason.


Bom, deixando esse "detalhe" de lado, Jason "Capuz Vermelho" Todd e Escarlate confrontam o Flamingo enquanto Dick e Damian percebem que foram presos e colocados diante de uma câmera de TV. Jason colocou no ar um comercial no qual promete que Batman e Robin aparecerão nus caso seja alcançada uma determinada quantidade de ligações para um número qualquer. Em outras palavras, a câmera de TV será ligada assim que a quantidade de ligações for atingida, o que deve acontecer rápido. No entanto, Damian é esperto e consegue afrouxar as cordas, o que permite que a dupla dinâmica se liberte antes que a câmera seja ligada. Batman e Robin ainda conseguem ajudar na luta com o Flamingo, mas esse último leva vários tiros nas costas e fica incapacitado. O Flamingo acaba sendo derrotado e é dado como morto, mas seu corpo não é localizado. Antes de ser preso, Jason provoca Dick, lembrando seu antecessor de que ele tem os meios para trazer Bruce Wayne de volta e somente não faz isso porque não quer. Dick quase perde o controle diante disso, mas é contido por policiais. Durante o confronto a Escarlate foge e consegue se livrar da máscara facial do Dr. Porko. De volta à batcaverna, Dick abre um cofre, no qual estão guardados os restos mortais de Bruce Wayne (supostamente).


E mais uma vez Morrison cria um nó na cabeça do leitor. Aqueles que acompanharam a Crise Final, na qual Bruce Wayne é morto e, mais recentemente, A Noite Mais Densa, sabem que os restos de Bruce Wayne haviam sido colocados num túmulo ao lado da lápide de seus pais (sendo que o vilão Mão Negra havia roubado o crânio de Bruce para trazê-lo de volta como Lanterna Negro). Como explicar então que os restos mortais do Morcego estavam na batcaverna? Essas e outras perguntas criam uma enorme e desnecessária confusão, o que tira o brilho do trabalho do escocês.


No geral, é uma edição mediana e nem mesmo a história de "Batman & Robin" conseguiu elevar o nível da revista.




Batman #98






Retomando a trama criada por Tony Daniel, Batman e Robin continuam procurando pistas sobre o esconderijo do Máscara Negra, sem muito sucesso. Nessa história temos algumas dicas importantes sobre a possível identidade do atual Máscara Negra. Tony Daniel também faz algo extremamente errado ao devolver o status de vilãozinho de segunda ao Charada. O Charada havia passado por reformulações recentemente e a única que realmente resultou em algo bom foi aquela em que ele se redimia de seus crimes e passava a trabalhar como detetive particular, muitas vezes pentelhando o Batman. Esse era um rumo diferente e muito mais promissor do que aquele em que o Charada já trilhou há muitos anos. Voltar a ser um  bandido obcecado por enigmas é um regresso que o editor das revistas americanas não deveria permitir.


Nessa edição Batman consegue uma pista importante sobre o Máscara Negra, mas o jovem que lhe forneceu a informação é baleado.


Na segunda história, temos a continuação do trabalho de Grant Morrison, com o traço razoável de Cameron Stewart (que é muito melhor do que Philip Tan, diga-se de passagem). Ainda acho incrível como a DC erra ao negar um bom artista para trabalhar com o escocês. Depois de tanto tempo com o Andy Kubert e três edições com o Quitely, o leitor ficou acostumado com a boa qualidade da arte e a editora deveria se preocupar em manter o nível. 


Bem, no enredo, Batman viaja para a Inglaterra e mais uma vez volta a trabalhar com a Escudeira e Cyril, heróis ingleses que haviam participado do Clube dos Heróis, uma associação de vigilantes do qual o Batman chegou a fazer parte no passado.


O fato é que há um poço de Lázaro na Inglaterra e Dick planeja levar o cadáver de Bruce até lá, para reviver seu mentor (seguindo o "conselho" de Jason Todd). Enquanto isso, em Gotham, Damian se submete a uma sofisticada cirurgia para reparar os danos causados pelos tiros do Flamingo. Tália aparece apenas para garantir que tudo irá transcorrer bem e parte assim que a cirurgia é encerrada. Na mina, Batman encontra a Batwoman (?), que estava perseguindo uma quadrilha de fanáticos criminosos... sim, essa explicação é furada e a participação dela é dispensável, mas acho que a DC está se esforçando para que a personagem decole, então é possível que haja a intenção de colar a Batwoman em personagens famosos para agregar um pouco de popularidade a ela.


Enfim, depois de convencer a Batwoman, Dick finalmente submerge o corpo de Bruce no poço e, na história seguinte, a Batwoman explica melhor como chegou até a mina e como foi capturada. Depois, o "Batman/Bruce" submerge do poço e passa a atacar Dick, Batwoman, Escudeira e Cyril, ao mesmo tempo. Mas nesse momento descobrimos que aquele não é o cadáver de Bruce Wayne, mas sim um clone (?) criado por Darkseid por motivos que permanecem obscuros... (sério, acho que está na hora de parar de ler gibis de heróis...).


Bem, o cadáver consegue deixar todos presos na mina e parte para Gotham, onde é recebido por Alfred e Damian (que ainda está se recuperando da cirurgia). Na mina, a Batwoman é seriamente ferida e corre risco de morte. A edição termina com o clone encarando Damian e prestes a trucidá-lo.


Numa avaliação breve, posso dizer que Batman & Robin não tem mais aquele clima leve e descontraído que marcaram as primeiras edições. Mas acho que Morrison está dando voltas demais no roteiro. Depois de tantas críticas sobre Crise Final e sobre a confusão gerada com o destino de Bruce Wayne, o escritor deveria tentar simplificar as coisas para os leitores. É claro que, quando se trata do Morrison, nada é de graça e, certamente, ele deve ter alguma razão para incluir todos esses elementos e personagens. E por enquanto, ainda não é possível saber para onde as coisas vão caminhar.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Supreme Class Starscream

Saudações! Estamos voltando em 2011 em grande estilo! E quando digo "GRANDE" estou falando sério! Devido a problemas técnicos, tive de esticar as "férias" do blog por mais tempo, porém agora pretendo fazer atualizações semanais ou quinzenais, na medida do possível.

Este é o Starscream da série Cybertron (que não foi exibida no Brasil, como a maioria). Apesar de não colecionar essa linha, sempre fui muito fã do personagem e, como este modelo é a única versão na maior classe de brinquedos da Hasbro, ou seja, supreme class, não tive dúvidas de pegar um quando a oportunidade surgiu.


E é bom lembrar que, apesar de ser o líder dos Decepticons desde a série original, o próprio Megatron não tem uma versão supreme.... LOOOOOOOSEEEEER!!!    =P



 










Bem, esse Starscream é um tanto diferente de sua versão original (a personagem da G1). Na série Cybertron ele é um exímio guerreiro, extremamente cruel. Após ser reformatado adquiriu um novo modo alternativo (um jato alienígena), lâminas nos braços e os já tradicionais disparadores de raios nulos (veja o perfil completo dele aqui).

É interessante notar que, apesar de ser a maior classe de brinquedos da linha Transformers, a maioria dos Supreme Class não conta com boas articulações e a poseabilidade é um tanto limitada. No caso do Starscream, ele é praticamente idêntico à sua versão voyager class, só que obviamente maior. Como todos os Supreme, ele conta com um botão para sons e luzes, mas esses detalhes são bastante restritos em relação a modelos mais novos, como o Ultimate Bumblebee e o ROTF Devastator.

All hail Starscream!