domingo, 22 de maio de 2011

Piratas do Caribe 4




A maioria das pessoas afirma - com certa razão - que a principal característica da última década foi a mediocridade no campo artístico (musical, literário, cinematográfico, etc.). Mas os anos 2000 tiveram seus ícones pop, como Kratos e o capitão Jack Sparrow

O primeiro filme dos Piratas do Caribe (A Maldição do Pérola Negra) foi muito divertido. É um enredo de fantasia e humor. E a maior estrela é a personagem interpretada (magistralmente) por Johnny Depp. Jack Sparrow é um misto de louco e bêbado (com muitos trejeitos gays, embora ele se interesse por mulheres), que resulta em uma personagem divertidíssima e extremamente carismática. É impossível não deixar de rir com as piadas que ele conscientemente ou inconscientemente faz ao longo do filme. Acho que uma das imagens mais legais que já vi no cinema foi a do capitão Jack chegando a um porto, em cima de um mastro de navio, que estava naufragando, no início do primeiro filme.

O problema é que a sequência (O Baú da Morte) perdeu o rumo e o terceiro filme (No Fim do Mundo) foi um desastre (principalmente por causa do roteiro, ou da falta dele). Confesso que não gostei da terceira parte e imaginava que a franquia iria naufragar (desculpem o trocadilho...hehehe). E por isso recebi a notícia de que  um quarto episódio estava sendo preparado com um certo ceticismo, afinal, "No Fim do Mundo" foi realmente MUITO ruim.

Logo, não tinha muitas expectativas quando fui assistir "Navegando em Águas Misteriosas" (odeio esse subtítulo!). Mas tive a grata surpresa de que sim, o filme é BOM! Os produtores deixaram de lado aqueles enredos confusos dos episódios anteriores e apostaram naquilo que a franquia tem de melhor: personagens incrivelmente carismáticos e divertidos.

No quarto filme retornam grandes atores, como Geoffrey Rush (Hector Barbossa) e o próprio Depp, além de uma inspiradíssima Penélope Cruz (Angélica) e do veterano Ian McShane (Barba Negra). Keith Richards mais uma vez faz uma ponta, mas desta vez sua participação tem maior relevância. Saem de cena Orlando Bloom e Keira Knightley (que realmente não fazem muita falta). Não pude deixar de notar que "Piratas 4" segue um caminho bastante diferente de seu antecessor e sequer se preocupa em esclarecer as cenas iniciais e finais de "Piratas 3" (e acho isso uma grande sacanagem com o público). Mas deixando esse detalhe de lado, foi bom constatar que a franquia voltou ao básico e finalmente entrou nos eixos.

Os 130 minutos do filme são recheados de aventura, fantasia e humor. Bastante humor. E não poderia ser diferente, em se tratando de Jack Sparrow. Desta vez, o capitão pretende encontrar a Fonte da Juventude, guiado por sua misteriosa bússola (o único elo de ligação com os filmes anteriores, provavelmente). Mas seus planos são comprometidos por Angélica e Barba Negra, que também buscam a Fonte, visando seus próprios interesses. Aliás, Jack e Angélica formam uma boa dupla, apesar de não serem propriamente um casal. O diretor Rob Marshall cumpre bem sua função e apresenta enquadramentos e cenas melhores do que aquilo que se viu em "Piratas 2" e "3". A trilha sonora (cortesia de Hans Zimmer) também acompanha bem o desenvolvimento da trama (a cena do "quase-beijo" de Jack e Angélica e o abrupto corte da música de fundo são hilariantes). 

E por se tratar de um filme que pretende reiniciar a franquia, há propositalmente algumas pontas soltas, além de uma cena pós-créditos (para azar de quem sai do cinema antes).

Moral da história: é um filme muito melhor e mais divertido do que Thor. Com certeza vale o ingresso! =D

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