sábado, 29 de outubro de 2011

Novos Thundercats



Os anos 80 foram repletos de desenhos memoráveis... He-Man, Galaxy Rangers, Transformers, G.I. Joe (Comandos em Ação) e, sim, Thundercats (o preferido da maior parte dos garotos da época).

Ainda me lembro muito bem que o desenho original dos Gatos do Trovão era exibido na Globo, aos domingos, sempre a partir do meio-dia. Essa animação era seguida de Transformers e G.I. Joe, formando uma "trinca" de desenhos que eu fazia questão de assistir a qualquer custo.

Lembro que Thundercats foi um fenômeno instantâneo e a garotada ficou simplesmente alucinada com o desenho e, mais tarde, com a linha de brinquedos, muito embora a qualidade dessa linha fosse inferior a outras similares, como a do He-Man e Superpowers (veja algumas delas aqui).



Nessa época minha irmã trabalhava numa grande loja de departamentos e um dia ela trouxe para casa um catálogo com os lançamentos da Glasslite (a empresa de brinquedos que concorria com a então poderosa Estrela, na época) e ali pude ver "em primeira mão" a coleção dos Thundercats... que me impressionou bastante.

Que eu me lembre, o desenho teve quatro temporadas, sendo que, inicialmente, a previsão era de apenas duas (e deveria se encerrar com a coroação definitiva de Lion-O). Porém, como o desenho alcançou uma popularidade incrível, os produtores decidiram fazer mais duas temporadas (com roteiros que fugiam da ideia original e que deixavam a desejar). Mas mesmo assim a recepção foi boa e hoje em dia é muito difícil encontrar um adulto entre 30 e 40 anos que não se lembre dos Thundercats (veja o tema de abertura dos episódios aqui).



Desde então muitos rumores surgiram sobre um possível filme ou remake do desenho, mas por muito tempo tudo não passou de rumores.

O fato é que alguns anos atrás esse projeto deixou de ser um rumor e o desenho começou a ser produzido. Já nas primeiras imagens divulgadas, foi possível perceber que os produtores tinham uma ideia diferente do conceito original, o que, por si só, obviamente foi motivo de críticas pelos mais saudosistas.

A nova versão dos Gatos do Trovão não guarda muitas semelhanças com a antiga. Agora, os gatos são a espécie mais forte e dominante do Terceiro Mundo. Thundera é um país (e não mais o planeta de origem deles), governado pelo rei Claudus que, por sua vez, possui dois herdeiros: Tygra e Lion-o (sim, eles são irmãos, e o mais estranho é que, embora Tygra seja o mais velho, é Lion-o o herdeiro direto do rei). Há uma antiga profecia sobre um grande rei que irá enfrentar o grande adversário Mumm-Ra, mas a maioria dos gatos acredita tratar-se apenas de uma lenda.

Thundera é um reino sem tecnologia (?!)... Ok, eu sei o quanto essa frase é errada, mas, no desenho, o que se quer dizer é que os Thunderianos não possuem equipamentos eletrônicos. Tais equipamentos são considerados uma lenda, assim como as antigas histórias sobre Mumm-Ra.


Não pretendo narrar todo o primeiro episódio, principalmente porque nem sei se o desenho já começou a ser exibido no Brasil (e por cautela vou evitar spoilers), mas gostaria de fazer algumas comparações. Em primeiro lugar, achei o roteiro mal-amarrado e muito pouco convincente. As relações entre as personagens são bastante superficiais e pouco trabalhadas, exceto, talvez, a rivalidade entre os irmãos Lion-o e Tygra. E enquanto o desenho antigo procurava explorar a inexperiência e o amadurecimento forçado de Lion-o, o novo apresenta um príncipe ambíguo, capaz de atos de clemência e de feroz arrogância sem motivos aparentes. Aliás, como espectador, senti que Lion-o não possui nem a metade do carisma necessário para um protagonista. A espada de Omens continua sendo a principal e maior arma dos Thundercats, mas mesmo ela não é retratada com a mesma solenidade. A trilha sonora também não se destaca (o que é triste, porque essa era uma das maiores qualidades do desenho original). 

E apesar de tudo isso, é bem possível que esse novo desenho faça sucesso, considerando a baixa qualidade das animações atuais. No entanto, para aqueles que cresceram com os desenhos dos anos 80 e 90 (especificamente os feitos pela DC) esse remake não convence. 








domingo, 2 de outubro de 2011

God of War: Chains of Olympus



O principal motivo que me levou a comprar um Playstation 2 foi justamente o jogo God of War (GoW). O pessoal do Studio Santa Monica realmente superou tudo o que já havia sido feito em matéria de beat´ups e, sem dúvida alguma, contribuiu decisivamente para que o gênero não fosse extinto. 

Por isso, quando soube que o terceiro capítulo da epopeia de Kratos seria feito para o Playstation 3 tive de esperar pacientemente até o console chegar a um patamar de preço aceitável (lembrando que, na época de seu lançamento por aqui as lojas vendiam o PS3 por R$ 7.000,00 - sete mil reais) e, depois de quatro anos, quando finalmente consegui um, ainda precisei aguardar um ano para jogar GoW 3. Honestamente, acho que a terceira parte conclui aquilo que se iniciou no primeiro jogo e fecha a trilogia com o mesmo "espírito" das tragédias gregas mais conhecidas (vide a história de Édipo ou a de Aquiles). Mas o fato é que GoW3 não conseguiu me surpreender tanto quanto as versões anteriores e, talvez por causa das contínuas alterações da equipe de produção ao longo da trilogia, o "capítulo final" não tenha a mesma "pegada". Não se trata de um jogo ruim, pelo contrário, ele é ótimo, mas talvez seja difícil superar o nível estabelecido nos dois primeiros games.

God of War: Chains of Olympus era originalmente um jogo para a plataforma portátil da Sony (o Playstation Portable, mais conhecido como PSP)  e, embora eu ache que o futuro dos videogames estará nas plataformas portáteis, assim como diversos outros aplicativos surgidos a partir do êxito dos telefones celulares (como o iPod)  não tive coragem de comprar um PSP apenas para jogar um único jogo. E mesmo quando um segundo jogo do espartano para PSP foi anunciado (Ghost of Sparta) eu não mudei de ideia (ainda bem!). 

Portanto, vocês podem imaginar a minha alegria ao saber que os dois God of War lançados originalmente para o PSP ganhariam versões para o PS3. O fato é que, depois de jogá-lo, tenho a mesma opinião de GoW3: o jogo não tem a mesma grandeza das versões para o PS2. É claro que, por ser um jogo inicialmente desenvolvido para um console portátil, era de se esperar alterações e adaptações, dadas as diferenças entre o PSP e seus "parentes" dos consoles mais potentes. 


No que diz respeito à cronologia da série, Chains of Olympus não acrescenta muito, mas faz um elo de ligação com o vídeo adicional que é possível destravar após concluir o GoW (PS2) no god mode, no qual a mãe de Kratos revela que ele é filho de Zeus e, portanto, um semideus. 


A trilha sonora do jogo não deixa a desejar e, assim como os gráficos, mantém o mesmo nível da série. De uma forma geral, achei o jogo muito fácil, sendo que o único personagem que realmente impõe certa dificuldade é a chefe final (Persephone) e, mesmo assim, quando você descobre "a manha" para derrotá-la a luta não dura muito tempo. 

O fato é que Chains of Olympus é legal e vale a pena ser conhecido. Agora que terminei o jogo, pretendo começar o Challenge of Hades e descobrir o que será destravado quando o desafio for vencido. Depois, quero iniciar o segundo jogo, Ghost of Sparta, lançado após GoW3, mas que, cronologicamente, se situa entre o primeiro jogo da série no PS2 e o segundo.


E para quem se interessou, é possível adquirir o jogo na Playstation Store por um valor razoável.