Quando eu era garoto, sempre quis ter esse Batmóvel da coleção Super Powers. Mas nunca o tive. Sempre gostei muitíssimo do design dele e o considerava melhor do que qualquer outro modelo já criado até então.
A imagem acima corresponde à caixa do brinquedo e o maior destaque nela é o fato de que Batman e Robin estão literalmente atropelando o Coringa. E isso, sem dúvida, não é um bom exemplo para as crianças.
Ah, os anos 80.... tão politicamente incorretos!
Enfim, voltando ao item em questão, tenho que reconhecer que sua qualidade é impressionante, até mesmo para os padrões de hoje. Aliás, tenho saudade da época em que os brinquedos vinham com a marca da "Indústria Brasileira". O material plástico do veículo é muito bom. O batmóvel tem alguns recursos interessantes, como a frente do carro que se projeta como um aríete, ou os faróis que se levantam da mesma forma que em alguns automóveis reais e uma espécie de garra que se desprende da traseira para agarrar adversários.
Nada de Mattel ou Hasbro. Esse modelo, assim como todos os demais veículos e personagens da linha Super Powers foram lançados pela antiga empresa Kenner. Aparentemente, essa empresa faliu e isso impediu que mais brinquedos do universo da DC fossem feitos, o que é uma pena. No Brasil, como a importação desses itens era expressamente proibida, os brinquedos tinham de ser feitos pela indústria nacional (no caso, a Estrela S.A.), a partir dos moldes cedidos pela empresa americana. É possível ver todos os itens dessa coleção clicando aqui.
Pois bem, como eu disse antes, passei alguns anos da minha infância desejando ter esse Batmóvel mas isso não foi possível. Depois de um tempo cheguei a me conformar com a idéia de que nunca teria um.
Até alguns dias atrás.
Na última vez que fui à casa da minha namorada ela me disse que havia se apossado de alguns brinquedos antigos do irmão dela. E eu fiquei realmente surpreso quando vi que, entre eles, havia um Batmóvel da Kenner. Ele estava todo empoeirado, sujo, riscado e desgastado, mas mesmo assim ainda funcionava perfeitamente e, de certa forma, ainda guardava seu antigo charme.
De imediato eu me ofereci para restaurá-lo, mas essa intenção durou pouco mais do que um segundo. Pensando bem, cheguei à conclusão de que seria fantástico não só restaurar aquele batmóvel, mas também customizá-lo para realçar todas as suas qualidades.
E após conseguir a permissão da minha namorada para limpá-lo e desmontá-lo, levei-o para casa, onde comecei a elaborar o plano para fazer um upgrade nesse modelo. Minha namorada havia pedido que eu fizesse a restauração de modo que ele ficasse o mais parecido possível como o original, mas consegui convencê-la de que ele ficaria mais legal com cores metalizadas. Assim, combinamos que o esquema de cores original (azul, preto, branco, amarelo, etc.) seria respeitado, mas com tintas automotivas metalizadas.
Como é possível ver nas fotos abaixo, o estado do toy não era dos melhores. Mas não reclamo disso, afinal, esse brinquedo serviu à sua finalidade: ele foi usado por uma criança e sem dúvida foi motivo de muita alegria na época.
A tarefa é um pouco mais complicada do que parece, porque todas as peças internas do Batmóvel estão encaixadas umas nas outras de alguma forma e, no momento em que retirei a parte superior dessas peças, todas saíram ao mesmo tempo, de modo que não pude visualizar a posição delas. Bem, isso é um problema que eu irei deixar para a fase de montagem.
O segundo passo após a retirada das peças foi lavá-las com água e sabão. Para isso, eu utilizei uma escova de dentes com cerdas muito macias, a fim de não arranhar ainda mais os detalhes do carro e o plástico.
Alguns dias depois, quando todas as peças já estavam secas, comecei a lixá-las para disfarçar os arranhões na carroceria do Batmóvel.
Posteriormente, eu apliquei máscaras na parte de baixo da carroceria para pintar os pneus (que estavam bem gastos, porque provavelmente foram colocados muitas vezes sobre um piso bastante áspero). Antes de tudo, pulverizei sobre as peças uma seladora para plásticos e, depois, usei um fundo branco para a carroceria e uma tinta preta para os pneus.
O fundo branco tem dois objetivos: ele permite visualizar melhor todas as imperfeições do objeto (que podem ser corrigidas com a lixa e uma camada de tinta) e, também, que a cor metalizada não tenha variação de tonalidade ou brilho. Algumas cores, como o azul, verde, amarelo ou vermelho não podem ser aplicadas diretamente sobre uma superfície ou objeto colorido, porque, nesse caso, ocorre uma alteração na tonalidade da tinta. Dessa forma, para que a cor da tinta fique da forma como ela foi vista no catálogo do vendedor, torna-se necessário aplicar antes um fundo com uma tinta mais clara, como cinza ou branco.
Após pintar de branco, comecei a pintar a parte azul.
Mas o trabalho ainda não terminou. A seguir cenas do próximo capítulo....
É isso ae Eddie, mal posso esperar pra ver o resultado!!!
ResponderExcluirsucesso!
Abraços
Denny
*finalmente o blogspot esta aceitando meu LJ!!!*
ResponderExcluirQuem não ama os anos 80?
Desculpe a ignorancia, mas todo seu trabalho de pintura é feito no aerografo?
Olá Lily!
ResponderExcluirBem que eu gostaria, mas algumas peças e partes precisam ser pintadas com pincéis, o que é especialmente trabalhoso... normalmente são detalhes muito pequenos e um erro pode estragar o trabalho.
Seja bem vinda! =D