Sabe aqueles filmes que você espera ver em DVD? Esse era meu plano para essa produção, assinada pelo Marvel Studios. Mas eu realmente gosto de ir ao cinema (pelo menos até ter uma TV de 60 polegadas em casa) e por isso resolvi vê-lo no fim de semana de estréia (ok, eu não tinha nada melhor pra fazer, mas deixa pra lá...).
O fato é que o filme foi uma agradável surpresa. Eu previa um pastiche estrelado por Chris Evans (um ator medíocre, na melhor das hipóteses), com patriotadas ainda mais grosseiras do que as dos filmes do Michael Bay. E por falar no Evans, alguém precisa explicar para esse rapaz que há uma grande diferença entre fazer uma cara séria (própria do Steve Rogers) e uma cara triste (mais adequada para os personagens emos de Crepúsculo). =P
Para sorte dos espectadores, o Capitão usa um tipo de capacete com máscara, que encobre a maior parte da cabeça e do rosto de Evans, de modo que sua cara de bebê chorão não é tão visível.
Bom, já deu para perceber que a "interpretação" do Evans não é o ponto alto do filme, certo? Então vamos aos aspectos positivos. O filme é bem ambientado nos anos 1940, quando a Segunda Guerra Mundial estava em seu ápice. Os Estados Unidos entraram no conflito, quando finalmente o presidente Roosevelt acordou de seu estado de torpor e finalmente percebeu que, se a Inglaterra fosse derrotada, nem mesmo os E.U.A. seriam capazes de vencer as forças do Eixo sozinhos.
Do lado dos nazistas, Hitler decidiu criar uma divisão de ciência e pesquisa, responsável por desenvolver armas que seriam utilizadas contra os Aliados. No entanto, Johann Schmidt (Hugo Weaving), chefe dessa divisão, tem seus próprios planos. E eles consistem em utilizar a imensa energia gerada pelo recém-descoberto "cubo de Odin" (uma variante do cubo cósmico?) para criar armas e, com elas, dominar o mundo. Por isso, Schmidt logo "proclama a independência" de sua divisão, que passa a atuar como um grupo separado do restante do exército nazista.
Os aliados não estão alheios aos atos de Schmidt e, por isso, decidem investir no "projeto super-soldado". Como o próprio nome diz, a intenção desse projeto era elevar ao máximo a capacidade física de um ser-humano, tornando-o um soldado altamente eficiente no campo de batalha. A "cobaia" escolhida para o experimento é o jovem franzino Steve Rogers, um garoto ingênuo e idealista. Essa faceta frágil de Steve nunca foi muito explorada nos quadrinhos, mas no cinema há um amplo desenvolvimento da personagem, o que é muito bom, tanto para o entendimento da trama, quanto da própria personagem. Aliás, esse filme tem um roteiro muito melhor e com menos furos do que Thor e Homem de Ferro 2.
A origem do Capitão do cinema é diferente das versões apresentadas nos quadrinhos, mas felizmente as mudanças não prejudicaram o filme e até contribuíram para deixá-lo mais "realista" (tanto quanto uma história de super-herói pode ser). Há grandes cenas de ação e em nenhum momento o filme chega a ser cansativo, como TF3. O diretor Joe Johnston soube contar sua história e utilizou muito bem os recursos tecnológicos disponíveis (não, não estou falando do 3D, eu me refiro aos efeitos especiais, como a cabeça do Evans no corpo de um outro ator, na primeira parte da película).
Senti falta de uma trilha sonora mais "atuante", ou de uma "música tema" para o herói. Mas considerando que o filme é ambientado nos anos 40, as músicas da época não cairiam no gosto do público de hoje e, talvez, essa "omissão" tenha sido mais um acerto do que uma falha.
O Capitão América do cinema se parece muito com sua versão Ultimate, não só visualmente, mas também quanto à sua personalidade e atitudes (basta dizer que ele se utiliza de todo o tipo de arma disponível e não só o escudo). Mas, ao contrário do herói dos quadrinhos, ele não é um grande líder. E apesar de ser uma das características mais marcantes da personagem, infelizmente a capacidade de liderança foi deixada de lado. Nessa adaptação, o Capitão é uma inspiração por seu exemplo, não por seus talentos no comando das tropas.
É um filme divertido e, de longe, superior ao já citado filme do Thor, contrariando as expectativas de muitos (inclusive as minhas). Vale a pena conferir! Nota: 8.
E para finalizar, gostaria de agradecer a todos os leitores que acompanham o blog. Valeu mesmo pessoal! Vocês são 10! =)
Sei que deixei muitos artigos e projetos inacabados, mas, na medida do possível, pretendo retomar os customs e os reviews em breve. Aguardem!
A origem do Capitão do cinema é diferente das versões apresentadas nos quadrinhos, mas felizmente as mudanças não prejudicaram o filme e até contribuíram para deixá-lo mais "realista" (tanto quanto uma história de super-herói pode ser). Há grandes cenas de ação e em nenhum momento o filme chega a ser cansativo, como TF3. O diretor Joe Johnston soube contar sua história e utilizou muito bem os recursos tecnológicos disponíveis (não, não estou falando do 3D, eu me refiro aos efeitos especiais, como a cabeça do Evans no corpo de um outro ator, na primeira parte da película).
Senti falta de uma trilha sonora mais "atuante", ou de uma "música tema" para o herói. Mas considerando que o filme é ambientado nos anos 40, as músicas da época não cairiam no gosto do público de hoje e, talvez, essa "omissão" tenha sido mais um acerto do que uma falha.
O Capitão América do cinema se parece muito com sua versão Ultimate, não só visualmente, mas também quanto à sua personalidade e atitudes (basta dizer que ele se utiliza de todo o tipo de arma disponível e não só o escudo). Mas, ao contrário do herói dos quadrinhos, ele não é um grande líder. E apesar de ser uma das características mais marcantes da personagem, infelizmente a capacidade de liderança foi deixada de lado. Nessa adaptação, o Capitão é uma inspiração por seu exemplo, não por seus talentos no comando das tropas.
É um filme divertido e, de longe, superior ao já citado filme do Thor, contrariando as expectativas de muitos (inclusive as minhas). Vale a pena conferir! Nota: 8.
E para finalizar, gostaria de agradecer a todos os leitores que acompanham o blog. Valeu mesmo pessoal! Vocês são 10! =)
Sei que deixei muitos artigos e projetos inacabados, mas, na medida do possível, pretendo retomar os customs e os reviews em breve. Aguardem!
Uma coisa que eu gostei no filme foi eles terem colocado aquele uniforme bem parecido com o dos quadrinhos para os shows do Capitão. Foi o jeito de mostrarem como o filme teria sido se os pedidos dos fanboys por um uniforme mais fiel tivessem sido atendidos.
ResponderExcluirNo mais, ótimo artigo e ótimo blog! Meus parabéns! Tô seguindo! õ/
Valeu Pedrinho! =)
ResponderExcluirSim, podemos dizer que a utilização do uniforme dos quadrinhos pode ter sido uma homenagem às HQ´s, mesmo porque, nessa parte do filme, o Capitão é um "produto de marketing", que serve tanto para arrecadar fundos para a guerra, quanto para vender revistas em quadrinhos para os jovens e inspirá-los a servirem seu país.
No mais, prefiro esse uniforme (mesmo com as partes excessivamente acolchoadas nos ombros e peito) do que aquele que o Capitão deve usar no filme dos Vingadores.
Concordo com tudo em relação ao Chris Evans. Nunca engoli esse cara como Capitão. Bem que poderiam ter escolhido um ator com menos cara de playboy (e de bunda-mole). Mas adorei o uniforme e as caracterizações em geral. no mais, ao contrário de vc eu achei o filme chato e bem inferior ao Thor. Mas gosto é gosto. :)
ResponderExcluir