quarta-feira, 20 de outubro de 2010

No Fest Comix 2010!



A 17ª edição do Fest Comix ocorreu no último final de semana, entre os dias 15 e 17 de outubro. E como vem ocorrendo há alguns anos, a organização da feira elaborou uma programação com palestras de diversos profissionais dos quadrinhos (entre eles David Lloyd,  Luke Ross e Joe Bennett) e representantes de editoras, além de exibição de vídeos.

No sábado à tarde a fila para entrar chegava na esquina, o que já indicava que a disputa pelas melhores ofertas de HQ´s seria acirrada. Com descontos de vinte por cento (em média) sobre o preço de capa, a feira atrai colecionadores de São Paulo e até de outros Estados. 

No saguão de entrada, assim como nos anos anteriores, foram montados estandes de lojas que vendiam revistas antigas, action figures, camisetas, chaveiros, bonés e todo o tipo de quinquilharia nerd. Havia também um telão onde os visitantes podiam jogar vídeo-game e um mini-palco para o pessoal do cosplay








Não, não sou o Drift.











Hovercraft e F-14 Tomcat dos Comandos em Ação... itens que só alguns 
poucos felizardos tiveram no Brasil durante os anos 80. 

Infelizmente nesse ano não era permitido fotografar dentro do espaço da feira, que, aliás, foi um pouco reduzido. Acho que a maior diferença da edição 2010 foi a pequena variedade de títulos novos (o que não é culpa do Fest Comix, já que HQM, Devir e JBC pisaram no freio, enquanto outras editoras como a Opera Graphica encerraram suas atividades). Por esse motivo, nesse ano já não era possível encontrar tantas revistas de selos como Dark Hourse, Dinamite, Vertigo e Wildstorm. Com menos editoras, há menos títulos lançados. Esse é um dos motivos pelos quais sempre fui contra a concentração de mercado, principalmente por parte da Panini.

Aliás, os leitores de Estranhos no Paraíso ou do Invencível que esperavam encontrar algum lançamento dessas séries saiu bastante frustrado do evento. Valeu mesmo, HQM!

Eu mesmo achei que não iria levar mais do que a edição # 95 do Batman, que venho resenhando aqui, mas, depois de circular um pouco, acabei encontrando algumas coisas que eu queria, como os encadernados de Camelot 3.000, Frequência Global e Transmetropolitan. Mas, por outro lado, não levei o sexto volume de Fábulas, porque todos os exemplares já haviam sido vendidos.

Logo após encerrar as compras, tive a oportunidade de assistir a palestra de David Lloyd (desenhista de V de Vingança), que estava promovendo sua mais recente obra Kickback. Gostei muito da apresentação desse trabalho e da forma espontânea com que o artista respondeu as perguntas e por isso decidi comprar um exemplar, o qual, ao final do evento, foi devidamente autografado. David Lloyd falou sobre o método utilizado para colorir Kickback (lápis de cor com retoques em photoshop), suas bandas preferidas (Talking Heads, Prodigy, Chemical Brothers, entre outras), suas influências artísticas, seus projetos futuros (um trabalho para a DC Comics, mas ele não especificou qual) e sua opinião sobre quadrinhos virtuais (segundo ele a tecnologia não irá acabar com as HQ´s em papel e o fato das pessoas continuarem comprando revistas impressas é prova disso).




Devo dizer que, por causa do meu excepcional inglês, não pude trocar mais do que algumas palavras com David Lloyd mas, pelo breve contato, pude perceber que o velhinho é uma pessoa muito bacana, além de um artista sensacional. Quando minha edição de Kickback foi autografada, ele já havia matado uma garrafa de vinho e mesmo assim estava desenhando melhor do que muitos "profissionais" que eu conheço.  =P





Thank you very much Mr. Lloyd!  =D

Infelizmente não pude assistir o documentário sobre a vida do Grant Morrison, mas não posso reclamar. A verdade é que passei uma tarde muito divertida com minha namorada e um amigo que veio de Curitiba para conhecer a feira (e a quem agradeço por algumas fotos deste post). E no fim isso é o que realmente importa: estar perto dos seus amigos e das pessoas que você ama. 




Um comentário:

  1. A muito tempo, numa galaxia distante, fui com duas amigas entrevistar o David Lloyd para uma revista que trampavamos na epoca. Na verdade elas entrevistavam e conversavam com ele e eu tirava fotos e fazia cara de choro por que meu ingles era uma droga e eu não entendia lhufas.

    O engraçado é que o Lloyd não largava a latinha de cerveja e era terminando uma e virando outra e não perdendo a simpatia e o bom humor.

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